Assim como você, nós da Café Utam, somos loucos por café. E 'O assunto é café' é mais um canal para falarmos da nossa paixão por essa bebida.
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Tomar uma xícara de café é bem mais que apenas beber líquido, o café é na verdade uma experiência sensorial, que envolve bem mais sentidos que somente o paladar. A visão, por exemplo, é fundamental em sua degustação e impactam diretamente na percepção que se tem sobre o café. São muitos os fatores externos que influenciam, da xícara em que ele é servido ao ambiente em seu entorno.
Muito mais do que a nostalgia que o cheiro de café provoca, pequenos detalhes como o formato, textura e cor da xícara, por exemplo, determinam alguns aspectos notados quando apreciamos café, como sabor (se são mais ácidos ou adocicados), corpo e retrogosto (o sabor que permanece na boca após a ingestão completa da bebida).
Isso é o que a neurocientista Fabiana Mesquita de Carvalho comprovou em seu estudo de pós-doutorado na USP, em 2017. Ela conduziu um experimento para avaliar o efeito de três formatos diferentes de xícara: tulip, open e split. Enquanto a xícara em formato de tulipa realçou a percepção do aroma, a split ressaltou doçura e acidez, embora não tenha sido muito bem aceita pelos consumidores amadores por conta de seu formato exótico.
Essa percepção multissensorial é investigada pela neurociência para que as cafeterias e os apaixonados por café aprendam cada vez mais a importância da educação sensorial, se conscientizando que a bebida envolve uma experiência completa, que envolve muito mais do que o plantio, colheita e armazenamento dos grãos: tomar café é uma arte.
Com os resultados do estudo The Coffee Sensorium, a neurocientista espera conseguir traçar perfis de cafés que combinem melhor com diferentes recipientes, além de avaliar a influência de outros aspectos, como a decoração e ambiente das cafeterias ou a espessura da borda de xícaras para café espresso.